Quer saber como negociar salário durante um processo seletivo? Veja 7 dicas práticas da CEO do Infojobs para conduzir essa conversa com confiança e profissionalismo
Falar sobre salário ainda é um desafio para muitos profissionais, especialmente durante um processo seletivo. A ideia de parecer ganancioso ou de “espantar” o recrutador faz com que muita gente aceite a primeira proposta sem nem pensar em negociar salário. Mas isso precisa mudar.
Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, uma das principais plataformas de recrutamento do país, negociar o salário é mais do que um direito: é um passo para alinhar expectativas e garantir que a proposta reflita o verdadeiro valor do seu trabalho. “Negociar não significa ser inflexível, mas buscar equilíbrio entre o que você oferece e o que espera receber”, afirma.
Confira abaixo 7 dicas práticas para negociar o salário de forma estratégica, sem perder oportunidades e com segurança profissional.
Antes de pensar em valores, o primeiro passo é a pesquisa. Entenda quanto as empresas estão pagando para profissionais com perfil semelhante ao seu.
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Use sites como o Infojobs para analisar vagas com salários abertos, levando em conta o setor, o porte da empresa e a região.
Conversar com colegas de profissão também pode trazer boas referências.
Ter clareza sobre suas competências técnicas e comportamentais também ajuda a defender seu valor com mais segurança.
Trazer o tema da remuneração logo no começo da conversa pode parecer apressado. O ideal, segundo Ana Paula, é aguardar o recrutador tocar no assunto ou abrir espaço para perguntas. Antes disso, foque em entender o escopo da vaga, a cultura da empresa e se o desafio faz sentido para a sua carreira.
Saber qual é o menor valor aceitável para você evita aceitar uma proposta que traga frustração no futuro. Considere a média salarial para sua função e combine isso com sua experiência, resultados e necessidades financeiras.
Quando o assunto vier à tona, seja claro e transparente sobre sua pretensão salarial, e diga se há margem para negociação.
Nem sempre o salário base conta toda a história. Itens como bônus, benefícios, plano de saúde, política de home office, horário flexível, auxílio educação e cultura organizacional podem ter um peso muito importante na decisão. Avalie o “total cash”, ou seja, tudo que a empresa oferece, e não apenas o número final no contracheque.
Quando perguntarem “qual o seu salário desejado?”, responda com confiança. Fugir da pergunta ou parecer inseguro pode enfraquecer sua posição.
“Você pode apresentar uma faixa de valores”, sugere Ana Paula. Por exemplo: “Minha expectativa está entre R$ 7.000 e R$ 8.000, de acordo com o escopo da vaga e minha experiência”.
Negociar não precisa ser um embate. O ideal é criar uma conversa colaborativa, e não impor condições inegociáveis.
“Evite dizer ‘ou isso ou nada’. Prefira algo como ‘estou aberto a conversarmos sobre o valor, considerando o escopo da vaga e os benefícios envolvidos’”, orienta a CEO.
Muitas vezes, o tom da conversa vale mais que os argumentos.
Se a proposta final não atende ao seu mínimo e não há margem para ajuste, recusar pode ser a melhor escolha. Isso evita frustrações no curto prazo e deixa portas abertas para futuras oportunidades.
Mas também vale o exercício de avaliar com calma: será que a empresa oferece vantagens em outras áreas que compensam um salário um pouco menor?
Ao final, uma boa negociação é aquela em que ambas as partes saem satisfeitas com o acordo.
Em vez de pensar na negociação como um risco, encare-a como um passo natural de qualquer processo seletivo. Com pesquisa, clareza sobre seus objetivos e uma comunicação empática, é possível ter conversas produtivas que beneficiem tanto você quanto a empresa.
Fique atento às próximas oportunidades e, antes de aceitar uma proposta, lembre-se dessas orientações. Afinal, valorizar seu trabalho começa com a forma como você se posiciona.
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